Cada Unidade Formativa constrói-se em torno de um eixo estruturante que funciona como tema transversal, ou seja, orienta a seleção final dos conteúdos e sua organização em tópicos. Cada componente curricular enfoca o eixo estruturante com o olhar da disciplina ou campo de conhecimento correspondente, de modo a criar um ambiente pedagógico favorável à construção de noções fundamentais e ao desenvolvimento de habilidades básicas.
CURRÍCULO ESTRUTURANTE é o que estrutura a disciplina em sí. É o centro do significado daquilo que será ensinado, permeia uma lógica de sentidos sólidos.
Postura Umbigóide e Multiculturalismo
Em um programa de televisão passado na índia, o jovem indiano Jamal que por motivo muito forte resolve se inscrever num programa de perguntas para ganhar 10 milhões de rúpias. Jamal, uma pessoa humilde e junto a seu irmão Salim e sua amiga Latika tiveram uma infância pobre, violenta, torturante nas favelas de Mumbai. Por ser um auxiliar de telefonista, favelado e sem ter nenhum grau de instrução, ninguém acreditava que ele pudesse acertar as perguntas e muito menos ser um vencedor. Após a morte de sua mãe, os dois irmãos tomaram rumos diferentes. Jamal é um rapaz que possui muitos conhecimentos, mas seus conhecimentos não são reconhecidos, por ele não ter estudado formalmente. A cada pergunta que era feita a ele, Jamal ia buscar a resposta no seu currículo de vida, em suas vivências. O que mais me chocou foi à miséria, a pobreza, a desumanização com toda a comunidade principalmente com as crianças.
Mafiosos, conquistavam as crianças dando o que comer e assim passariam a trabalhar para eles. Muitas crianças tinham seus olhos queimados para sensibilizarem as pessoas nas ruas a darem esmolas. As meninas eram para a prostituição. Para Jamal, a felicidade maior era reencontrar Latika, pois era seu grande amor. Não desistiu do programa e foi até o final usando de suas lembranças e experiências de vidas para escolher a alternativa correta. Todos achavam que ele estava trapaceando, pois não acreditavam que um pobre favelado pudesse acertar todas as questões. O próprio apresentador tentou prejudicá-lo, dando a resposta errada, mas Jamal o ignorou e segui sua intuição de vida. Os conhecimentos de Jamal foram adquiridos pela escola de sua própria vida.
Breve trailer do filme: "QUEM QUER SER UM MILIONÁRIO?"
O LEITOR
Em 1958, foi filmado na Alemanha o longa-metragem “O LEITOR” contando a história de um garoto de 15 anos que ao passar mal na rua acabou sendo socorrido por uma mulher, Hanna Schmitz (Kate Winslet) que pela qual se apaixonou. Michael adoeceu, e ao se recuperar foi até a casa de Hanna para agradecê-la. Apaixonado por Hanna e também pela literatura, Michael passou a ler as obras literárias para sua amada que tinha dificuldades em dizer a ele que não sabia ler e nem escrever. Assim que foi promovida a outro cargo ela resolve desaparecer da vida do garoto, sem deixar pistas. O filme é maravilhoso em vários aspectos, suas cenas são envolventes e emocionantes conseguindo transmitir a intensa paixão sentida pelo casal. Levo meu olhar para a área da educação e faço a seguinte reflexão: Um analfabeto/a que é o caso de Hanna possui currículo e cultura? Acredito que dentro de um contexto, mesmo que a pessoa não possua instruções escolares pode sim possuir um currículo, pois, um currículo é muito mais que conhecimento é uma questão de identidade. Essa identidade é todo um conjunto de atitudes, costumes, crenças e experiências acumuladas pela aprendizagem em sua trajetória de vida. Pequenas ações ou palavras podem mudar completamente a vida de uma pessoa. A vida de Hanna poderia ter tomado outro rumo se Michael tivesse defendido ela no dia de sua audiência. Mas ele preferiu calar-se e guardar esse segredo dentro si, até mesmo para não expor uma pessoa que talvez se sentisse ofendida diante as outras pessoas desconhecidas. Michael amava a literatura, era um leitor nato, e sentia que Hanna tinha muito desejo em querer ler. Por isso ele leu em voz alta e gravou as obras literárias, transformando-as em um livro oral e mandou para Hanna na prisão. Hanna mostrou muita dedicação às leituras que ouvia no gravador, chegando até exigir outras obras. Essa atitude de Michael fez com que ela aprendesse a ler e a escrever sozinha. Mesmo a protagonista sabendo que seria condenada, ela não revelou sua incapacidade de ler, e no final do filme se percebe que ela queria a própria condenação, única forma de punir-se por erros que foi obrigada a cometê-los.
LÂMINAS APRESENTADAS EM AULA:
7° CAPÍTULO - ELABORADO E APRESENTADO POR FERNANDA.
Conhecimento Acadêmico e escolar
Conhecimento cotidiano
Conhecimento da cultura em massa.
Sob a ótica dos estudos culturais,todo conhecimento,na medida em que se constitui num sistema de significação, é cultura; todo conhecimento esta estreitamente vinculado com relação de poder.
Os estudos culturais analisam instâncias, instituições e processos culturais aparentemente tão diversos quanto exibições de: Museus , Filmes , livros de ficção , turismo , ciência , televisão , publicidade , medicina , artes visuais , musica … Como processos culturais orientados por relações sociais assimétricas , perspectiva dos Estudos culturais efetua uma espécie de equivalência entre essas diferentes formas culturais.
Se é o conceito de “cultura” que permite equipar a educação a outras instâncias culturais, é o conceito de “pedagogia” que permite que se realize a operação inversa. Tal como a educação , as outras instâncias culturais também são pedagógicas , também têm uma “pedagogia”, também ensinam alguma coisa.
O currículo e a pedagogia dessas formas culturais mais amplas diferem , da pedagogia e do currículo escolares , num aspecto importante. Pelos imensos recursos econômicos e tecnológicos que mobilizam , por seus objetivos-em geral- comerciais,elas se apresentam,ao contrário do currículo acadêmico e escolar , de uma forma sedutora e irresistível.
É a força desse investimento das pedagogias culturais no afeto e na emoção que tornam seu “currículo” um objeto tão fascinante de análise para a teoria crítica do currículo.
A forma envolvente pela qual a pedagogia cultural está presente nas vidas de crianças e jovens não pode ser simplesmente ignorada por qualquer teoria contemporânea do currículo.
É precisamente para análise dessa pedagogia ou desse currículo cultural que se têm voltado autores e autoras que , de certa forma , inauguraram aquilo que se poderia chamar de “critica cultural do currículo”.
É o caso de Roger Simon , Henry Giroux , Joe Kincheloe e Shirley steinberg .
Henry Giroux , particularmente , tem se voltado , cada vez mais , para a análise da pedagogia da mídia. Filmes produzidos pela Disney , A pequena sereia ou Aladim.
Giroux vê uma pauta pedagógica carregada de pressupostos etnocêntricos e sexistas que , longe de serem inocentes , moldam as identidades infantis e juvenis de forma bem particular.
Joe Kincheloe analisa as peças publicitárias da McDonald`s para flagrar ai imagens e representações que celebram os valores mais conservadores de uma suposta e tradicional “família americana”.
Shirley Steimberg vai analisar os valores morais e sociais contidos no currículo cultural de um artefato talvez ainda mais insuspeito: a boneca Barbie . Ela chama de “kindercultura” essa indústria cultural voltada para o público infantil.
È curioso observar que a permeabilidade e a interpenetração entre as pedagogias culturais mais amplas e a pedagogia propriamente escolar têm sido exploradas pelas próprias indústrias culturais que estendem, cada vez mais, seu currículo cultural para o currículo propriamente dito.
PEDAGOGIA DA ESPERANÇA - PAULO FREIRE
Através do livro de Paulo Freire percebemos que as escolas deveriam ter uma visão política mais eficaz, trabalhar com projetos pedagógicos e ter competência e uma gestão social para ensinar.
Percebemos também que a sociedade e a escola devem andar juntas, na sociedade deveria ser mudado a justiça social e o docente deveria ser mais valorizado. A igualdade de direitos e a democracia são fundamentais dentro da sociedade.
A partir da leitura de mundo de cada educando, através de trocas dialógicas, constroem-se novos conhecimentos sobre leitura, escrita, cálculo. Vai-se do senso comum do conhecimento científico num continuo de respeito.
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