terça-feira, 1 de dezembro de 2009

CURRICULO E CULTURA

Na disciplina Curriculo e Cultura foi abordado o conceito de currículo e cultura, bem como as teorias do currículo. Compreendemos a ação curricular considerando suas relações com as concepções de conhecimento, os sujeitos, a diversidade cultural e a construção de identidades. Analisamos criticamente diferentes experiências curriculares na educação básica, afim de desmistificar a dimensão política do curriculo escolar. Podemos dizer que currículo é muito mais que um conjunto de disciplinas, planos de estudo, vai muito além da seleção de matérias e conteúdos. Currículo é tudo que se passa no hambito escolar, histórico e social. Para o universo escolar o currículo está sempre em processos de transformação. Curriculo é a nossa trajetória de vida. É a forma de como nós vamos nos inserindo na sociedade. o Currículo oculto é um processo educativo que fica ali camuflado, exemplo disso são as profissões destinadas as mulheres, como secretária, babá, professora. Cultura é uma questão de identidade, é todo o conjunto de atitudes, costumes, crenças. Experiências acumuladas pela aprendizagem e passada de geração em geração.
Cada Unidade Formativa constrói-se em torno de um eixo estruturante que funciona como tema transversal, ou seja, orienta a seleção final dos conteúdos e sua organização em tópicos. Cada componente curricular enfoca o eixo estruturante com o olhar da disciplina ou campo de conhecimento correspondente, de modo a criar um ambiente pedagógico favorável à construção de noções fundamentais e ao desenvolvimento de habilidades básicas.


CURRÍCULO ESTRUTURANTE
é o que estrutura a disciplina em sí. É o centro do significado daquilo que será ensinado, permeia uma lógica de sentidos sólidos.
MULTIDISCIPLINARIEDADE é o conjunto de disciplinas a serem trabalhadas simultaneamente, sem fazer aparecer as relações que possam existir entre elas, destinando-se a um sistema de um só nível e de objetivos únicos, sem nenhuma cooperação. A multidisciplinaridade corresponde à estrutura tradicional de currículo nas escolas, o qual encontra-se fragmentado em várias disciplinas.




Postura Umbigóide e Multiculturalismo

Através da disciplina Curriculo e cultura assistimos os sequintes filmes:


QUEM QUER SER UM MILIONÁRIO?
Um ótimo filme que tráz uma visão Pedagógica de grande valor para nós estudantes e professores. O filme pretende mostrar que todos nós temos bagagens internas desde a infância, fazendo com que aflore nossas vontades, ponto de vista, autêncidade e muito mais perante a Escola e ou Sociedade.

Em um programa de televisão passado na índia, o jovem indiano Jamal que por motivo muito forte resolve se inscrever num programa de perguntas para ganhar 10 milhões de rúpias. Jamal, uma pessoa humilde e junto a seu irmão Salim e sua amiga Latika tiveram uma infância pobre, violenta, torturante nas favelas de Mumbai. Por ser um auxiliar de telefonista, favelado e sem ter nenhum grau de instrução, ninguém acreditava que ele pudesse acertar as perguntas e muito menos ser um vencedor. Após a morte de sua mãe, os dois irmãos tomaram rumos diferentes. Jamal é um rapaz que possui muitos conhecimentos, mas seus conhecimentos não são reconhecidos, por ele não ter estudado formalmente. A cada pergunta que era feita a ele, Jamal ia buscar a resposta no seu currículo de vida, em suas vivências. O que mais me chocou foi à miséria, a pobreza, a desumanização com toda a comunidade principalmente com as crianças.
Mafiosos, conquistavam as crianças dando o que comer e assim passariam a trabalhar para eles. Muitas crianças tinham seus olhos queimados para sensibilizarem as pessoas nas ruas a darem esmolas. As meninas eram para a prostituição. Para Jamal, a felicidade maior era reencontrar Latika, pois era seu grande amor. Não desistiu do programa e foi até o final usando de suas lembranças e experiências de vidas para escolher a alternativa correta. Todos achavam que ele estava trapaceando, pois não acreditavam que um pobre favelado pudesse acertar todas as questões. O próprio apresentador tentou prejudicá-lo, dando a resposta errada, mas Jamal o ignorou e segui sua intuição de vida. Os conhecimentos de Jamal foram adquiridos pela escola de sua própria vida.

Breve trailer do filme: "QUEM QUER SER UM MILIONÁRIO?"






O LEITOR

Em 1958, foi filmado na Alemanha o longa-metragem “O LEITOR” contando a história de um garoto de 15 anos que ao passar mal na rua acabou sendo socorrido por uma mulher, Hanna Schmitz (Kate Winslet) que pela qual se apaixonou. Michael adoeceu, e ao se recuperar foi até a casa de Hanna para agradecê-la. Apaixonado por Hanna e também pela literatura, Michael passou a ler as obras literárias para sua amada que tinha dificuldades em dizer a ele que não sabia ler e nem escrever. Assim que foi promovida a outro cargo ela resolve desaparecer da vida do garoto, sem deixar pistas. O filme é maravilhoso em vários aspectos, suas cenas são envolventes e emocionantes conseguindo transmitir a intensa paixão sentida pelo casal. Levo meu olhar para a área da educação e faço a seguinte reflexão: Um analfabeto/a que é o caso de Hanna possui currículo e cultura? Acredito que dentro de um contexto, mesmo que a pessoa não possua instruções escolares pode sim possuir um currículo, pois, um currículo é muito mais que conhecimento é uma questão de identidade. Essa identidade é todo um conjunto de atitudes, costumes, crenças e experiências acumuladas pela aprendizagem em sua trajetória de vida. Pequenas ações ou palavras podem mudar completamente a vida de uma pessoa. A vida de Hanna poderia ter tomado outro rumo se Michael tivesse defendido ela no dia de sua audiência. Mas ele preferiu calar-se e guardar esse segredo dentro si, até mesmo para não expor uma pessoa que talvez se sentisse ofendida diante as outras pessoas desconhecidas. Michael amava a literatura, era um leitor nato, e sentia que Hanna tinha muito desejo em querer ler. Por isso ele leu em voz alta e gravou as obras literárias, transformando-as em um livro oral e mandou para Hanna na prisão. Hanna mostrou muita dedicação às leituras que ouvia no gravador, chegando até exigir outras obras. Essa atitude de Michael fez com que ela aprendesse a ler e a escrever sozinha. Mesmo a protagonista sabendo que seria condenada, ela não revelou sua incapacidade de ler, e no final do filme se percebe que ela queria a própria condenação, única forma de punir-se por erros que foi obrigada a cometê-los.



Direção: Danny Boyle. Intérpretes: Dev Patel (Jamal); Madhur Mittal (Salim); Irrfan Khan (inspetor); Freida Pinto (Latika); Anil Kapoor (Prem). Ano: 2008. Estados Unidos, Inglaterra. 1 filme 02h00min.




LÂMINAS APRESENTADAS EM AULA:


Estudamos através da disciplina Curriculo e Cultura o livro "DOCUMENTOS DE IDENTIDADE" de Tomaz Tadeu da Silva. Os capitulos do livro foram apresentados por todos os colegas, mas citaremos aqui no blog apenas três resumos dos capitulos retirados do mesmo.



II. DAS TEORIAS TRADICIONAIS ÀS TEORIAS CRÍTICAS


III. AS TEORIAS PÓS-CRÍTICAS



1° CAPÍTULO - ELABORADO E APRESENTADO POR ALINE.





7° CAPÍTULO - ELABORADO E APRESENTADO POR FERNANDA.





O currículo como construção social: a "nova sociologia da educação"


Segundo o autor, na Inglaterra o currículo passou a ser criticado a partir da sociologia, diferentemente do que aconteceu nos Estados Unidos. A sociologia estuda as relações sociais de poder. Em 1971 atraves do livro "conhecimento e controle" é que se iniciou essa teoria crítica do currículo conhecida como: "a nova sociologia da educação". Essa teoria passou a criticar a "antiga sociologia" e a "filosofia analítica"


ANTIGA SOCIOLOGIA - Era criticada como sendo empírica, tinha um currículo inquestionável, era chamada de aritmética e se preocupava apenas com os números e não com o processamento de conhecimentos. Preocupavam-se apenas de quantos entravam e saiam da escola.


FILOSOFIA ANALÍTICA - Era criticada pela NSE como sendo apenas preocupada com o conceito, tendo como característica o racionalismo, com a abstração, sem contato com a realidade e queriam criar um conceito de currículo universalista.


A NSE por criticar essas duas teorias se preocupou en entende e estudar o curriculo partindo de uma sociologia do conhecimento. Onde estão preocupados em entender: como a sociedade produz esse conhecimento; como o conhecimento é construído socialmente; e suas relações com as estruturas sociais, institucionais e econômicas. A NSE tá preocupada com o processamento de conhecimento das pessoas, e o que dá poder é o conhecimento. Para o movimento da NSE o currículo, os processos pedagógicos e avaliativos não é algo dado como natural e sim construído socialmente; Young propõe que a NSE desnaturalize os currículos dados como naturais. O movimento propõe em criticar os currículos já existentes e não em criar novos. Youg diz que o conhecimento escolar e o curriculo são invenções sociais, envolvendo conflitos e disputas em torno de quais conhecimentos deveriam fazer parte do currículo. A questão básica da NOVA SOCIOLOGIA DA EDUCAÇÃO era a das conexões entre currículo e poder, entre a organização do conhecimento e a distribuição do poder. Mas mexer nessas organizações é mexer nas relações de poder.



9° CAPITULO


III. AS TEORIAS-PÓS CRITICAS


A pedagogia como cultura, a cultura como pedagogia




Uma das consequências da virada “culturalista” na teorização curricular constitui na diminuição das fronteiras entre de um lado:
Conhecimento Acadêmico e escolar
Conhecimento cotidiano
Conhecimento da cultura em massa.

Sob a ótica dos estudos culturais,todo conhecimento,na medida em que se constitui num sistema de significação, é cultura; todo conhecimento esta estreitamente vinculado com relação de poder.
Os estudos culturais analisam instâncias, instituições e processos culturais aparentemente tão diversos quanto exibições de: Museus , Filmes , livros de ficção , turismo , ciência , televisão , publicidade , medicina , artes visuais , musica … Como processos culturais orientados por relações sociais assimétricas , perspectiva dos Estudos culturais efetua uma espécie de equivalência entre essas diferentes formas culturais.
Se é o conceito de “cultura” que permite equipar a educação a outras instâncias culturais, é o conceito de “pedagogia” que permite que se realize a operação inversa. Tal como a educação , as outras instâncias culturais também são pedagógicas , também têm uma “pedagogia”, também ensinam alguma coisa.
O currículo e a pedagogia dessas formas culturais mais amplas diferem , da pedagogia e do currículo escolares , num aspecto importante. Pelos imensos recursos econômicos e tecnológicos que mobilizam , por seus objetivos-em geral- comerciais,elas se apresentam,ao contrário do currículo acadêmico e escolar , de uma forma sedutora e irresistível.
É a força desse investimento das pedagogias culturais no afeto e na emoção que tornam seu “currículo” um objeto tão fascinante de análise para a teoria crítica do currículo.
A forma envolvente pela qual a pedagogia cultural está presente nas vidas de crianças e jovens não pode ser simplesmente ignorada por qualquer teoria contemporânea do currículo.
É precisamente para análise dessa pedagogia ou desse currículo cultural que se têm voltado autores e autoras que , de certa forma , inauguraram aquilo que se poderia chamar de “critica cultural do currículo”.
É o caso de Roger Simon , Henry Giroux , Joe Kincheloe e Shirley steinberg .
Henry Giroux , particularmente , tem se voltado , cada vez mais , para a análise da pedagogia da mídia. Filmes produzidos pela Disney , A pequena sereia ou Aladim.
Giroux vê uma pauta pedagógica carregada de pressupostos etnocêntricos e sexistas que , longe de serem inocentes , moldam as identidades infantis e juvenis de forma bem particular.
Joe Kincheloe analisa as peças publicitárias da McDonald`s para flagrar ai imagens e representações que celebram os valores mais conservadores de uma suposta e tradicional “família americana”.
Shirley Steimberg vai analisar os valores morais e sociais contidos no currículo cultural de um artefato talvez ainda mais insuspeito: a boneca Barbie . Ela chama de “kindercultura” essa indústria cultural voltada para o público infantil.
È curioso observar que a permeabilidade e a interpenetração entre as pedagogias culturais mais amplas e a pedagogia propriamente escolar têm sido exploradas pelas próprias indústrias culturais que estendem, cada vez mais, seu currículo cultural para o currículo propriamente dito.



PEDAGOGIA DA ESPERANÇA - PAULO FREIRE




Em seus trabalhos, Freire defende a idéia de que a educação não pode ser um depósito de informações do professor sobre o aluno.Segundo Paulo Freire, a educação é uma prática política tanto quanto qualquer prática política é pedagógica. Não há educação neutra. Toda educação é um ato político. Assim, sendo, os educadores necessitam construir conhecimentos com seus alunos tendo como horizonte um projeto político de sociedade.
Através do livro de Paulo Freire percebemos que as escolas deveriam ter uma visão política mais eficaz, trabalhar com projetos pedagógicos e ter competência e uma gestão social para ensinar.
Percebemos também que a sociedade e a escola devem andar juntas, na sociedade deveria ser mudado a justiça social e o docente deveria ser mais valorizado. A igualdade de direitos e a democracia são fundamentais dentro da sociedade.
A partir da leitura de mundo de cada educando, através de trocas dialógicas, constroem-se novos conhecimentos sobre leitura, escrita, cálculo. Vai-se do senso comum do conhecimento científico num continuo de respeito.

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