Capítulo 1. A emergência do "gênero"
Percebe-se desde já um estereótipo de que a mulher, sendo uma “donzela” sensível, fraca e submissa precise de um homem que a proteja, que a sustente e lhe pertença. Parece ser exagero denominar tais qualidades a funções tão restritas. A mulher foi vista diante de certas culturas como a dona de casa que cuida dos filhos e que apóia o marido em qualquer situação. O homem, o “chefe” da casa, seria aquele disposto a cuidar da família e de sustentá-la da melhor forma possível. Além da ideia de que a mulher só serve para o trabalho doméstico, ainda existem desigualdades maiores como a diferença salarial entre homem e mulher diante do mesmo trabalho, da falta de participação feminina na política governamental, do “perigo constante da mulher no volante”, do homem que “não serve para a cozinha”. Mesmo em pequenos comentários, piadas e pensamentos realizados pelos dois sexos, o “ideal machista” acaba por prevalecer ainda na atualidade. Antigamente era feminismo radical acreditar que tais ações pudessem acontecer, pois geralmente a mulher que usava calças era alguém que invejava o homem e não encontrava um “lugar” para si na sociedade. Muito menos era de se imaginar que ela “dominaria o mundo” (com todo o sarcasmo). Porém, verificam-se também algumas mudanças, como a troca de atividades entre os gêneros, uma maior independência da mulher e a crescente vaidade do homem. A partir disto, o espaço conquistado pela mulher (que não deve ser comemorado porque tal espaço deveria existir desde o princípio) aumenta os olhos vistos. Acontece em razão dessas mudanças uma nova formação estrutural da família, do papel do pai, da mãe e dos próprios filhos. A visão de gênero vai sendo reformulada a cada geração, conforme o caminho traçado em busca da “igualdade”. Entrando em contradição novamente, pergunta-se: qual o problema daqueles adjetivos já citados anteriormente? A mulher pode sim, ser uma “donzela”, pronta a esperar pelo seu protetor (seja ele homem ou mulher). Ainda existem e continuarão a existir diferenças entre os gêneros além de um cromossomo X ou Y. A mulher ainda pode ser sensível, romântica, independente, forte, assim como o homem também o pode, quando desejarem ser. São sentimentos e comportamentos humanos normais, bem ao senso comum. A luta talvez se encaminhe em torno da ultrapassagem do seguinte preconceito: de que cada um tem a sua função e que não cabe a eles mudar. O conformismo talvez seja o principal adversário para que a tão dita “igualdade” seja conquistada, para ambos os lados. ZANESCO Publicado no Recanto das Letras em 27/10/2006 Código do texto: T275468
SEXO - Diferença biológica entre homens e mulheres.
GÊNERO - Relação de poder entre homens e mulheres perante a sociedade.
A homossexualidade masculina ou feminina é uma questão sexual e não de gênero. Gênero é uma categoria das ciências sociais contemporâneas, onde se analisa, estuda, pesquisa as relações sociais e de poder construídas entre os sexos.
FEMINISMO - Discurso intelectual, filosófico e político que tem como meta os direitos iguais e proteção legal as mulheres.
Mulheres que lutam pela igualdade atraves dos movimentos feministas.
O capitulo começa colocando a questão dos processos escolares como formadores e reprodutores das desigualdades sociais. E esses processos ocupam o espaço político e acadêmico de muitos estudiosos/as há varias décadas. Abordando questões sobre as práticas educativas feministas. Análises foram desenvolvidas e resultaram na produção de teorias, de propostas pedagógicas e práticas educativas. Feministas também fazem parte dessa trajetória, enfrentando ou superando as desigualdades de gênero na Educação. A autora aborda questões relacionadas as reflexões da problemática de gênero e das mulheres principalmente no âmbito social e escolar. Buscando proporcionar um novo olhar pedagógico para essa transformação. Muitas escolas não têm um espaço e práticas educativas reconhecidas que reforcem as identidades e relações discriminatórias ao gênero.Feministas criticam as formas convencionais de educação escolar, passando a analisar as escolas separadas por gênero, acreditando que nessas escolas as meninas/mulheres não seriam antecipadamente rotuladas como mais ou menos capacitadas. Na opinião dessas estudiosas a falta do menino diminuiria a tendência de comportamento conforme os estereótipos de seu gênero.
O filme "Minha vida em cor de rosa" é um drama comovente sobre um garoto que pensa que é uma garota - e age como tal. O que lhe parece absolutamente normal é completamente bizarro para as pessoas que o cercam. Entre as quais está a família, que não sabe exatamente como proceder diante do comportamento estranho do filho e da reação indignada dos vizinhos.
Aos poucos, no entanto, a vizinhança, que lança olhares e palavras recriminadoras para o menino de comportamento incomum, parece aprender a conviver com seu jeito diferente.
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